A insónia consiste numa dificuldade em iniciar ou manter o sono, traduzindo-se na incapacidade de dormir o número de horas suficiente (6 a 8 horas) para que o sono seja sentido como reparador.
Estima-se que cerca de 20 a 30% das populações ocidentais sofrem de insónia crónica (Gallup Organization, 1991).
Existem três tipos de insónias: inicial, que sugere estados de tensão e de ansiedade, que se manifestam pela dificuldade em adormecer; a intermédia, que ocorre em muitas doenças psicológicas, médicas ou neurológicas, e expressa-se pelo acordar frequentemente a meio da noite; e a terminal, característica de doenças afectivas, e traduz-se por um acordar matinal precoce. Frequentemente existem misturas de todos os subtipos (Teresa Paiva, 2011).
Algumas das consequências do problema continuado de insónias são: – maior dificuldade em executar actividades que requerem uma maior concentração; – redução da capacidade de acumular conhecimentos pois o sono intervém na consolidação de memórias; – risco associado à obesidade; – maior probabilidade de sofrer de doenças cardiovasculares; – aumento do risco de diabetes; – aumento do risco da depressão; – aumento do stresse; – aumento da probabilidade de trazer problemas nas relações interpessoais, em comparação com as pessoas que dormem tranquilamente.
As insónias podem decorrer de um problema do foro psicológico, aparecendo muitas vezes como um sintoma de alerta para outros quadros clínicos como na depressão, ansiedade e stresse; ou de um problema médico, síndrome de pernas inquietas, apneia, hipertensão, narcolepsia e como resultado dos efeitos colaterais de medicamentos.
Independentemente da causa, esta problemática não deve ser ignorada se se mantiver por um período de tempo prolongado, pois pode ter repercussões graves para a vida quotidiana e para o funcionamento mental da pessoa.