Também conhecido como Síndrome de Exaustão, o Burnout está associado a um conjunto de sintomas relacionados com cansaço, físico e emocional, provocados no ambiente profissional.
O Burnout é um estado de stresse crónico que leva a:
Quando se encontra no auge, o Burnout pode não permitir que a pessoa seja capaz de funcionar de uma forma eficaz, tanto ao nível pessoal como profissional. No entanto, o Burnout não se instala de um dia para o outro, vai-se aglomerando ao indivíduo lentamente, pelo que é muito mais difícil de reconhecer. Contudo, corpo e mente vão fazendo os seus avisos, que se podem aprender a reconhecer.
A diferença entre stress e Burnout é uma questão de grau, o que significa que quanto mais cedo se conseguir reconhecer os sinais, melhor se conseguirá evitar o “transbordar o copo”, começando atempadamente a cuidar dos primeiros sintomas.
No início, surge uma falta de energia, sentimento de cansaço presente na maior parte dos dias. Nas últimas fases, surge um sentimento de exaustão física e emocional, um sentimento de se estar completamente esgotado.
Nos estádios iniciais, dificuldade em adormecer ou de manter o sono, durante uma ou duas noites por semana. Nas últimas fases, a insónia torna-se persistente e por mais cansado que se esteja não se consegue dormir.
Dificuldades na concentração e um esquecimento leve são os primeiros sinais. Mais tarde, estes sintomas podem agravar-se, podendo não conseguir fazer o seu trabalho e tudo se começa a acumular.
Podem incluir dores no peito, palpitações, falta de ar, dor gastrointestinal, tonturas, desmaios, e/ou dores de cabeça.
Porque o corpo está esgotado, o sistema imunológico fica enfraquecido, tornando-o mais vulnerável a infecções, constipações, gripes e outros problemas médicos relacionados com o sistema imunológico.
Nos estádios iniciais, pode verificar-se somente alguma perda de apetite, que leva a comer menos. Nas últimas fases, pode perder totalmente o apetite e começar a perder muito peso.
Logo no início, podem-se experimentar sintomas leves de tensão, preocupação e nervosismo. Quanto mais se vai aproximando do esgotamento, mais a ansiedade se faz sentir, começando a interfere na capacidade de trabalhar, levando também a problemas na vida pessoal.
Nos estádios iniciais, um leve sentimento de tristeza, às vezes falta de esperança. No pior cenário, a pessoa sente-se presa, severamente deprimida e surgem pensamentos de que o mundo passaria muito melhor sem ela (aqui deve ponderar procurar ajuda profissional).
No início, apresenta-se como uma tensão nas relações e alguma irritabilidade. Nas últimas fases, pode transformar-se em explosões de raiva e sérias discussões tanto em casa como no trabalho (também aqui deve ponderar obter ajuda).
Inicialmente a perda de prazer pode parecer pouco substancial, como não querer ir para o trabalho ou estar ansioso para sair de lá. Sem intervenção, a perda de prazer pode se estender a todas as áreas de sua vida, incluindo ao tempo gasto com a família e amigos.
No início, pode apresentar-se como alguns pensamentos negativos. No pior dos cenários, pode contaminar a forma como a pessoa se sente consigo mesma, levando a problemas de confiança nos colegas de trabalho e familiares e, traduzindo-se num sentimento de não poder contar com ninguém.
Nos estádios iniciais, pode aparecer uma leve resistência em socializar, por exemplo, não querer sair para almoçar ou fechar a porta de vez em quando para manter os outros fora. Nas últimas fases, a pessoa pode tornar-se irritada quando alguém fala com ela, chegando a entrar mais cedo e sair mais tarde para evitar interacções com os colegas.
O desapego pode ser considerado uma sensação geral de estar desconectado das pessoas ou do ambiente que o rodeia. Pode assumir a forma de comportamentos de isolamento, como descrito em cima, e resultar em retiradas emocionais e físicas do trabalho e de outras responsabilidades, por exemplo, deixar de retornar chamadas ou e-mails, responder com grande atraso, deixar de cumprir compromissos, entre outros.
Apresenta-se como uma sensação geral de que nada está a acontecer e que por mais que se faça, não importa. Quando os sintomas pioram, esses sentimentos podem imobilizar a pessoa, fazendo-a sentir que não há esperança.
A irritabilidade, muitas vezes decorre de um sentimento de ineficácia, de inutilidade e de falta de importância, sentindo que já não se é capaz de fazer as coisas da forma eficiente que antes se fazia. Nos estádios iniciais, pode interferir nas relações pessoais e profissionais. Na pior hipótese, pode destruí-las.
Apesar de trabalhar muitas horas, o stresse crónico impede a pessoa de ser tão produtiva como antes, o que muitas vezes resulta em projectos inacabados e uma crescente lista de afazeres. Às vezes, parece que por mais que tente, não consegue dar vazão a tanta coisa.
Todos estes são sinais de alerta que devem ser tidos em conta, pois o Burnout instala-se insidiosamente, arrastando a pessoa com ele.
Se está a ter alguns destes sintomas, tire algum tempo para avaliar a quantidade de stresse que tem, de momento, na sua vida e tente encontrar formas de reduzi-lo antes que seja tarde demais.
É importante ter em conta que o Burnout não é como uma gripe, não vai embora depois de umas semanas, a menos que sejam feitas algumas mudanças de vida. E por mais difícil que possa parecer fazer essas mudanças, são elas que vão permitir chegar à recta final, sem necessidade de parar a meio da caminhada.